Crise de 1929 e Crise Atual
Uma nova crise de 1929?
De 1929 a 1933 o mundo viu uma
terrível crise com falência de bancos, empresas, elevados níveis de desemprego,
mesmo histeria coletiva, ondas de suicídio, governos sendo derrubados, entre
outros. Hoje mais ou menos 8 décadas depois, vivenciamos um cenário bem
semelhante, alguns países ainda não se recuperaram e outros acreditam que a
situação ainda pode piorar. As duas crises começaram nos Estados Unidos e estão
relacionadas ao sistema de bolsa de valores
Governos Derrubados
A crise de 1929 foi responsável
pelo fim de diversos governos pelo mundo. Mesmo no Brasil tivemos o fim da
República do Café com Leite e começo da Era Vargas, na Alemanha, por exemplo, a
crise auxilia Hitler subir ao poder. Já hoje em dia as derrubadas de poder se
espalham pelo mundo, desde grande países europeus, como Itália, com o fim do
governo de Berlusconi e Grécia, que ainda tem um futuro incerto, como a onda de
revoluções conhecida pelo nome de Primavera Árabe que derrubou o poder no
Egito, Líbia, Tunísia, entre outros.
Onda de Desempregos
A onda de desempregos que assolou o
mundo em 1929 iniciou-se nos Estados Unidos e espalhou-se pelo mundo com a
falência de empresas multinacionais. A situação foi tão grave que surgiu o New Deal,
uma política governamental onde o governo americano teve de intervir na
economia. Já nos dias de hoje o desemprego em alguns países possui níveis
alarmantes. Na Espanha, por exemplo, 50% dos jovens que se formam nas
universidades não conseguem empregos. Na Grécia esse número é ainda maior.
Protestos
Populares
Em ambas as crises ocorreram levar
populares nas ruas protestando contra o enriquecimento de alguns durante a
crise e pedindo a distribuição de riquezas. Entretanto os protestos atuais
envolvendo movimentos como Occuppy
e Anonymous,
parecem ter maior abrangência, talvez pela facilidade de novos meios de
comunicação como a Internet e Celulares. Só nos Estados Unidos são mais de 1000
cidades com o movimento e em cidades como Madrid, Lisboa, entre outros
protestos chegaram a reunir mais de dois milhões de manifestantes.
A crise pode piorar?
A Crise de 1929 foi tão profunda
que até 1933 ainda sentia-se fortemente as sua consequências. Entretanto a
crise mundial atual começou na virada de 2008 para 2009, ou seja, já tem
duração maior do que sua irmã mais velha. Um dos motivos que levou a crise
piorar foi quando em 2011 os Estados Unidos precisaram mudar suas leis para
permitir aumentar o limite máximo de sua dívida de 14,7 trilhões para cerca de
19 trilhões de dólares. Entretanto todo mundo sabe que aumentar o limite da
dívida só empurra o problema um pouco mais pra frente. Atualmente a dívida
americana é maior do que o seu PIB (total de riquezas geradas pelo país em um
ano). O Governo tenta economizar, especialmente com gastos militares, mas a
pressão contra esses cortes aumenta a cada dia
E o Brasil nisso tudo?
Na Crise de 1929 o Brasil sofreu
muito, o seu principal produto de exportação era o café, produto que não é
considerado básico e deixa de ser compra em época de crise. Atualmente
entretanto um grupo de cinco países (Brasil, Rússia, Índia, China e África do
Sul) estão com um crescimento maior do que os demais, de onde criaram o nome
BRICS, para demarcar o crescimento destes países.
Mas isso não é motivo para se
animar, apesar do Brasil ter sofrido muito menos do que outros países com a
crise, ano passado o crescimento nosso foi muito menos do que o esperado.
Por que a Crise é mundial?
Uma vez que o crise atinge uma
bolsa de valores importante, como a Bolsa de Nova York, muitas pessoas perdem
dinheiro com a desvalorização de suas ações. Normalmente as pessoas mais ricas
do mundo, que são os grandes investidores (donos do dinheiro) possuem a maior
parte de suas economias em ações, e subitamente perdem parte deste dinheiro.
Desta forma, evitam investir em ações
Desta forma param de investir em
bolsas de valores de outros países, ou correm para vender as ações de empresas
de outros países para reporem o dinheiro. Mas muitas ações sendo vendidas de
uma vez faz o preço delas baixar. Muitas empresas fechando gera desemprego,
muitos desempregados, fica mais difícil vender, o que gera novas falências.
Todo mundo com pouco dinheiro, corre para os bancos para sacar suas economias,
levando os bancos a falirem.
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